quinta-feira, 21 de junho de 2012

Yule


A noite mais longa fria do ano chegou. Os ritos de renascimento foram feitos. O Solstício de Inverno é celebrado no hemisfério sul entre os dias 20 e 25 de junho, sendo a data do solstício a madrugada do dia 21. O Solstício marca o fim do outono e inicio do inverno, sendo celebrado por festa e festivais de diferentes nomes, Festa do Inverno, Festival do Solstício, Festa da Neve, A chegada do Rei Carvalho, Festival de Yule.  
O Festival de Yule marca o inicio da estação mais fria e com as noites mais longas, entretanto a Criança da Promessa representa a esperança do retorno dos dias quente e de luz. Entretanto o Deus Sol é ainda uma frágil criança e cresce e se fortalece nos braços e seios da Deusa Mãe. Nos tempos antigos em que os povoados necessitavam das colheitas de seus campos para sobreviverem o inverno marcava um período de privação, provações e de morte. Nesse período a sobrevivência dos clãs e aldeias era garantida pela bravura dos hábeis caçadores, que por muitas vezes sacrificavam sua vida em prol da garantia de comida para a aldeia.
Deste modo o Deus Sol era símbolo da esperança no retorno dos dias quente e de luz. Assim como o Deus crescia ao longo do inverno, as noites vão se tornando mais curtas e os dias mais quentes e é nesse período em que acontece o plantio das primeiras sementes. Essa data simboliza o momento em que renasce a força, a vitalidade e a fertilidade da terra. O Jovem Deus renasce trazendo a energia de esperança da Criança da Promessa.
No hemisfério norte a data do solstício de inverno cai entre 20 e 22 de dezembro, sendo celebrado por até duas semanas. A celebração da Festa do Solstício celebra o retorno do Deus Sol ou da Criança da Promessa, data relacionada ao nascimento de várias divindades solares pagãs; Mitra, Iachos, Febo, entre outros. Sendo que durante a cristianização o festival foi transformado no Natal Cristão com os seus elementos absorvidos pela nova religião e os atributos dos deuses foram incorporados a Cristo.
Hoje com o resgate das religiosidades pagã e sua adaptação a evolução energética e espiritual do planeta vê nessa data o momento em que a vida renasce, se inicia um novo ciclo energético e espiritual, marcado pelo crescimento da fertilidade e prosperidade e acima de tudo do resgate da espiritualidade pagã em nossos caminhos. Se antes nossos antepassados necessitavam da caça e do racionamento da comida para sobreviverem, hoje nós necessitamos do equilíbrio espiritual e material para vivermos plenamente. Numa sociedade em que o ganho não se dá mais sobre o que se planta e caça e sim sobre o trabalho prestado, o Yule marca o inicio de um período para novos projetos, inicio de novos negócios, momento para ousar e crescer.
Sendo tradicional que durante as celebrações da noite do Solstício ocorra a re-consagração dos caldeirões, no qual em covens ou mesmo solitariamente, se passa a noite acordados com o caldeirão rodeado por velas e durante o amanhecer se acenda uma vela dentro do caldeirão simbolizando o nascimento do novo deus sol. Sendo comum à realização de feitiços e sortilégios para proteção, fertilidade da terra, prosperidade. Sendo comum a confecção do Tronco de Yule para proteção.

Relações
Deuses: Deusas mães e Deuses Crianças.
Ervas: Cardo santo, louro, cedro, camomila, sempre-viva, fruto do loureiro,
olibano, azevinho, junípero, visgo, musgo, carvalho, pinhas, alecrim, sálvia.
Pedras: Olho de Gato, rubi, diamante, quartzo.
Incensos: Cardo santo, louro, pinho, alecrim, canela, mirra,
Velas e cores: Dourado, vermelho, verde, azul, branco.

Costumes
· Enfeitar um tronco com vários símbolos solares e depois queimá-lo (Tronco
de Yule).
· Decorar a casa com símbolos do festival, tais como estrelas, sol, lua, sinos,
rodas solares, seres elementares e bonecos de neve.
· Trocar presentes
· Fazer representações da Criança da Promessa e de Deuses Solares.
· Passear na natureza.
· Fazer bonecos de neve.
· Tocar sinos e tambores.
· Fazer guirlandas de pipocas com mel e dependurá-las em árvores.
· Deixar presentes na natureza para os elementais.
· Pendurar guizos nas janelas.
· Acender o caldeirão e manter o fogo até o amanhecer.
· Acender uma vela em cada cômodo da casa.

Comidas e Bebidas
Carnes (peixes, aves, gado ou porco), frutas secas, especiarias, batata, maçã, pêras,
cenouras, alho-poro, nabo, nozes, amêndoas, laranja, gengibre, biscoito, mel, rabanadas,
broas, tortas, pizzas, chocolate, derivados de leite, leite, vinho, cerveja, cidra, ponche, chás,
leite com mel, chocolate quente.





Yule - Deusa Mãe e Deus Sol
Tora de Yule





Meu Caldeirão em Yule 




quarta-feira, 2 de maio de 2012

A Roda Gira e Nós Giramos Com Ela


A Roda girou uma vez mais.  O samhaim mais uma vez chegou e os ritos foram feitos. A linha entre os mundos tornou-se tênue, e os ancestrais adentraram em nosso mundo. As mudanças necessárias acontecem, chegadas e partidas são necessárias para que aconteça o eterno ciclo da vida. A morte não é o fim e sim o inicio de uma nova fase de um mesmo ciclo.
A Roda da Vida gira e nós giramos com ela. Há três anos, em uma noite fria de 30 de Maio de 2009, o fogo sagrado foi aceso. Encontrávamos no pátio de uma casa da Zona Sul de Porto Alegre. Éramos três e mais nosso mestre. Nesse dia demos o primeiro dos primeiros passos da nossa caminhada. A noite iniciou-se com a leitura de belo texto sobre uma lenda hindu. Jantamos, bebemos vinho, acompanhado por uma descontraída conversa. Depois fomo para o fundo do pátio, ao lado da casa, no qual já havíamos preparado o altar e a fogueira. Nosso mestre pega uma cadeira e senta-se no meio. Nos sentamos a sua frente. Um por um se dirige ao mestre e faz os juramentos e após recebe o seus instrumento da magia. Depois do rito feito nos dirigimos à fogueira e celebramos essa noite mágica. Semanas depois me retiro do grupo, e o grupo recebe uma nova pessoa. Fico meses fora do grupo, mas não longe de meu mestre. No Ostará eu retorno.
A Roda Gira e nós giramos com ela. Um ano após a noite fria na casa da zona sul, Samhaim mais uma vez chega. Nos encontramos em um sitio, a poucos metros do centro de Viamão.  Faz um ano da fundação de nosso grupo. Nosso mestre se encontra no local desde o inicio do dia. Chego acompanhado de alguns irmãos e amigos. A noite cai, e nosso mestre é dirigido a local onde ele pudesse ficar meditar e descansar um pouco. A noite é fria e bebemos um quentão para nos aquecer. Os ritos são iniciados, os portais são abertos. Meu mestre adentra no espaço sagrado, ele se encontra vendado. Ele faz o juramento e passa pela prova dos Deuses. Mostra-se merecedor e vencedor uma vez mais. No fim ele recebe sua espada, consagrada a sua deusa Corvo, símbolo de seu mestrado na magia. Todos os saúdam, e festejamos a mais uma noite mágica.
A Roda gira mais uma vez e nós giramos com ela. Eu me encontro na casa de meu mestre. Conversamos sobre o período em que estamos passando. Período marcado por problemas e desafios. Mas sabemos que os desafios são para nos fortalecer. Sabemos qie mudanças mais uma vez se aproximam. Cabe a nós torna-las positiva ou negativa. A noite é fria e enquanto conversamos bebemos um vinho. Passado das 22 horas, eu me dirijo para casa, estou cansado mas tenho meu rito para realizar. Tomo meu banho e vou para meu quarto. Arrumo meu altar e acendo meu caldeirão. Faço os ritos e sortilégios necessários. Como um bolo acompanhado por suco de uva. Já é de madrugada, o fogo sagrado é apagado e o ritual encerrado. Dirijo-me para cama e durmo. Dias depois meu mestre anuncia a fundação do nosso Coven.
A Roda do Ano mais uma vez gira e nós giramos com ela. Passou-se três anos da fundação de nosso primeiro grupo e um ano da fundação de nosso Coven. Muitas mudanças aconteceram, muitos aprendizados tivemos, muitas vindas e idas sofremos. Meu mestre já tem seu mestrado reconhecido;  fui iniciado tradicionalmente durante o festival de minha Deusa; meu mestre tornou-se um dos mestres de uma tradição do qual nosso Coven faz parte; e nós estamos nos encontramos nos mistérios para ingresso na mesma. A Noite Fria mais uma vez chega, me encontro com meus irmãos e com os mestres da Tradição no templo. É domingo, véspera de Samhaim. Iniciamos a noite falando sobre nossos ancestrais e sobre os antigos. O Fogo Sagrado é mais uma vez acesso. Dançamos, bebemos vinho e coemos com nossos ancestrais e com  os antigos. Já é alto da noite quando o fogo é apagado. Na noite do  dia 30 me encontro mais uma vez em meu quarto. Após um dia de trabalho e estudo estou exausto, mas me apronto para mais uma vez fazer os ritos necessários. Arrumo meu altar, com destaque para imagem de minha Deusa. Visto mesu trajes ritualísticos. Abro os portais e acendo meu caldeirão. O Sagrado se manifesta. Chamo pela presença da Deusa da Tradição, da Rainha de meu Mestre e pela Senhora de meus Caminhos. Peço pela proteção e orientação necessária. A chama espirala, a Mãe Serpente de Fogo mostra-se presente. Celebro essa noite mágica. Festejo a lembrança dos antigos, a presença dos ancestrais nesse mundo. Já é madrugada, já estou cansado. Os Ritos foram feitos, a Noite foi celebrada. Apago o Fogo Sagrado e encerro o ritual. Troco de roupa e vou dormir, me preparando para o Próximo ano e para a próxima Roda. Que a Roda Gire e Nós Giremos com ela.
Palavras não são suficientes para descrever as emoções que eu vivi nesses últimos anos. Desde a criação da Irmandade Flor de Lótus até a postulado de Ingresso na Tradição Imortais da Terra. Alegrias e aprendizados eu tive ao lado de meu Mestre Magnus Analla Morgann, e de meus irmãos. Muito foram os que nos  julgaram, mas poucos foram os que viveram a magia que nós vivemos. Hoje ao Lado de Eryan Akhira na Irmandade Flor de Lótus e de Daniel Juliano, Andréia Carvalho, Anderson Silva e Cristiane Febbe no Coven Filhos do Fogo, e dos demais Mestres e membros da Irmortais da Terra mais uma vez celebro a energia de Samhaim. Nossa história pode não ser perfeita, mas é sagrada por que é nossa. Desejo que muitas rodas girem ainda, e que eu esteja ao lado dos meus irmãos de Irmandade, Coven e Tradição para que todos nós girarmos com elas.




Samhain Imortais da Terra 2012
Samhain 2011




Samhain 2010
Mistérios 2011

Samhain



A Roda gira, e a noite é fria. Os fogos sagrados são acesos. A divisão entre os mundos é tênue e os ancestrais adentram ao nosso mundo. Nessa noite é celebrada o termino das colheitas, e são feitos os sortilégios para que o plantio feito seja suficiente para o próximo período. Nessa noite o Deus faz sua partida, e as sombras passam a reinar na Terra. Só nos resta a proteção da Deusa, e o senhor das matas e grãos torna-se o Rei do Submundo e acolhedor dos que morrem. Nessa noite Samhaim chega uma vez mais.
A noite de Samhain, celebrada em 31 de Outubro no Hemisfério Norte e 30 de abril no Hemisfério Sul, marca o fim da fase solar e ascensão da luz para o inicio da fase lunar do ano. Para os antigos Celtas era a data que marcava o fim de seu ano e início de outro. Festival relacionado à morte a os ancestrais. Para os povos antigos esse período marcava, o inicio de um da fase crítica do ano, pois o inverno chegaria logo, e nos campos as plantas morreriam e se o plantio feito não fosse suficiente, a aldeia inteira poderia estar condenada à morte. Durante o inverno o sustento estaria sob a responsabilidade dos bravos guerreiro-caçadores e a proteção espiritual sob a tutela dos sábios Xamãs.  Desse modo era comum que durante o Samhain fossem feitas provas de iniciação dos mistérios da caça e/ ou da magia. Com a cristianização essa data foi convertida na noite de todos os santos, véspera do Dia dos finados, entretanto a egrégora de festa foi transformada em um dia de saudades, choros e lembranças dos que já morreram. Entretanto em países em que houve a permanência de algumas práticas e costumes pagãos esse dia é celebrado com festas, como no México na celebração do “Dia de los muertos”.
Entretanto como um Festival ligado à morte e preparação para um período em que não haverá mais colheitas posse ser celebrado hoje em dia, no qual a sobrevivência das pessoas não depende mais do armazenamento do plantio feito pela aldeia. Hoje as colheitas são muito mais relacionadas a questões psicológicas e emocionais do que físicas. Desse modo o Samhain é o momento ideal para queimar no caldeirão vícios e atitudes que queremos ver minguar e desaparecer junto com o inverno. Em relação à morte, dentro do paganismo ela não é vista como o término de tudo, e sim é tida como apenas uma fase, assim como o nascimento, de um mesmo ciclo. É preciso morrer para renascer. Desse modo durante a Noite de Samhain, nós festejamos e convidamos nossos ancestrais a se juntarem a nós em um grandioso banquete. Noite marcada pela consulta aos oráculos, visto que temos que nos preparar para o ano vindouro, além de feitiços de proteção.
É normal que Covens e Espaços esotéricos façam atividades por mais de um dia, sendo comum que parte de atividades sejam abertas à comunidade pagã. Entretanto é tradicional que durante a noite do dia 30 as atividades sejam fechadas ao grupo. Pelas características desse festival é comum que muitos bruxos façam rituais solitários durante essa noite. Sendo característico a confecção de Lanternas de Abóbora, entalhadas com rostos (“Jack-o’-lantern”) ou colocar uma vela branca na frente de casa para afastar espíritos de mau agouro.

Relações
Deuses: Deuses Anciãos
Ervas: Noz-moscada, sálvia, menta, mirra, patchuli, artemísia, alecrim, musgo,
calêndola, mandrágora.
Pedras: Obsidiana, ônix, turmalina negra, coralina, âmbar, granada, hematita.
Incensos: Maçã, heliotrópio, menta, noz-moscada, sálvia.
Velas e cores: Preto e laranja

Costumes
· Tomar as decisões para o próximo ano.
· Queimar pedidos.
· Fazer lanternas de abóboras.
· Fazer oferendas de pães e maçãs nos jardins dos antepassados (cemitérios).
· Fazer previsões e consultar oráculos.
· Confeccionar vassouras, principalmente para proteção.
· Confeccionar bastão mágico.
· Confeccionar a corda da bruxa.
· Acender velas nos caminhos, estradas e nos portões de casa.
· Fazer uma representação do Deus e enterrá-la.

Comidas e Bebidas
Pães, maçãs, romãs, nozes, abóbora, batata, pinhão, frutas silvestres, bolos de frutas, cidra, vinho quente, chá de ervas.



Samhain
Jack-o’-lantern



Sortilégios de SamhainDeus e sua Partida



segunda-feira, 19 de março de 2012

Mabon



O outono mais uma vez chega e com ele a Roda da Vida mais uma vez gira. Dias e noites mais uma vez se igualam, entretanto diferente do Ostará, estamos agora rumando ao período de predomínio das sombras e da noite sobre a luz e o dia. No próximo dia 20 de março entra o Equinócio de Outono, e os pagãos e bruxos do hemisfério sul celebram mais uma vez o Sabah de Mabon. Mas o que significa celebrar esse antigo festival pagão nos dias atuais.
O Sabah de Mabon ou Festival do Outono simboliza a celebração do fim das colheitas, sendo parte da chamada tríade da colheita. Na Grécia Antiga esse período é marcado pelo inicio dos Mistérios Maiores de Elêusis. Em tempos antigos, não tão remotos, quando a população dependia dos grãos e frutos colhidos nesse período a sobrevivência durante os tempos gélidos do inverno. Antigamente as populações dos povoados possuíam seu ciclo de vida estritamente ligado ao ciclo da natureza. Durante a Primavera eram feito os plantios e durante o verão eram feitas as colheitas. Na entrada do outono, período das ultimas colheitas, as pessoas de todo o povoado ou aldeia se reunião e celebravam os grãos e frutos colhidos, trocavam sabedorias sobre os mistérios da terra, trocavam receitas, dançavam e realizavam um grande banquete com o melhor com que cada um pode colher da terra. Era costume desse festival a confecção de bonecas de retalhados de tecidos com palha e grão, chamadas de Senhoras da Colheita ou Rainhas da Colheita; além da confecção de Cornucópias, chifres com grãos, frutos e flores e de vassouras mágicas nas quais os pagãos davam grandes saltos sobre as colheitas montados nelas. Sendo que durante o período de Mabon a Samhaim que tomamos as decisões sobre o ano vindouro, escolhemos os caminhos que vamos trilhar e quais caminhos vamos abandonar quais sementes que vamos semear e as que vamos deixar parecer.
Entretanto esse período marcava o fim do período de fartura, e em breve o inverno voltaria e as planta mais uma vez pereceriam. Tornando necessário que parte da colheita fosse devidamente armazenada, tanto para garantir a alimentação dos homens e mulheres dos povoados quanto dos animais e dos grãos e semente a serem plantados na próxima primavera. Durante o inverno a sobrevivência do povoado estava nas mãos das sábias donas de casa que tinham os segredos e as “chaves” das despensas e nos braços fortes dos jovens guerreiros caçadores que saiam nos dias frios em busca da caça, entretanto sempre sendo guiados pelos anciãos sábios. Pois o jovem caçador que fosse se aventurar a caçar sem a orientação de um velho da aldeia teria grande chance de morrer, visto que estava justamente com o “velho” a sabedoria sobre os caminhos e métodos mais viáveis e seguros de caça. Em um período em que a sobrevivência se dava pelo mérito de cada membro da aldeia, os anciãos tinham que mostrar ser tão valioso para aldeia quanto o jovem caçador guerreiro, e seu mérito é justamente sua sabedoria de vida.
Nos dias atuais, por graças dos Deuses e da evolução cultural da humanidade nossa sobrevivência não é garantida pela manutenção de uma despensa de grãos e frutos e pelos méritos de um jovem caçador em prol de um ancião. Então por que celebramos as colheitas nos tempos contemporâneos? Primeiro celebramos para que possamos mais uma vez nos religar com o ciclo natural da vida e segundo para celebramos nossas colheitas. Por mais que vivemos em uma sociedade de fácil acesso a comida, do qual podemos ter garantido o sustento físico o ano inteiro, ainda plantamos e colhemos. . Nossas colheitas hoje se dão nas glórias e frustrações do estudo, do campo financeiro, do trabalho, da religião. Vivemos em uma sociedade em que não padecemos mais da fome física, mas que estamos cada vez mais frágeis com a fome emocional, psicológica e principalmente espiritual. Por isso que esse é o período para celebramos e agradecer pelas nossas conquistas e refletirmos sobre nossas derrotas. É o período de escolhermos quais sementes que queremos que dêem frutos nas próximas colheitas e quais queremos que morram no frio do inverno.
Hoje o Sabah de Mabon pode ser celebrado em grupos, covens, círculos e em encontro de amigos ou até mesmo solitariamente. Não importa se estamos em um circulo com um monte retalhos, fitas e palha ao centro com um banquete ao fundo, ou se estamos em uma floresta com os amigos festejando a chegada do outono, ou se estamos em nossos quartos a sós apenas com uma toalha no chão com um pão de grãos e uma taça de vinho com o caldeirão ao centro. Saibam que o importante é que o sagrado habite o seu caldeirão e principalmente o seu coração.


Relações

Ervas: Acácia, benjoim, madressilva, malmequer, mirra, carvalho, avelã, romã e maçã.
Pedras: Cornalina, safira, ágata amarela, âmbar, olho de tigre e citrino.
Incensos: Cravo, patchuli, mirra, maçã, benjoim e sálvia.
Velas e cores: Marrom, verde, laranja, âmbar, amarelo.
Comidas e Bebidas
Maçãs, nozes, castanhas, amêndoas, frutos da estação, amoras, milho, cravo, pães,
tortas, bolos, feijão, abóbora, vinho, cervejas, cidra e sucos.
Costumes
• Fazer cornucópias.
• Fazer bonecas de maçãs.
• Fazer grinaldas e ofertá-las a natureza.
• Fazer vassouras mágicas.
• Fazer amuletos.
• Fazer oferendas aos Deuses da colheita.
• Fazer uma Rainha da Colheita.
• Encher uma cesta com espigas de milho, cones e ramos de pinheiro, ramos
de trigo, folhas secas, bolotas de carvalho e colocá-la na porta de entrada da
casa.























Mabon Imortais da Terra
Cornucópias e Rainhas da Colheita